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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Quantos votos valem sua dignidade?


Estamos no meio de uma guerra pela disputa da presidência do Brasil. Nessa hora, na reta final nos deparamos no famoso “Vale-tudo” em troca da presidência. Ultimamente o que tem estado em voga, fora as calunias e ofensas habituais, é posição dos políticos em relação ao direitos da comunidade LGBT. Serra no inicio de sua campanha falou alto e bem claro som, que era a favor dos direitos gays ao ponto de afirmar que era favorável inclusive na adoção por casais gays. Então, bastou a manifestação dos evangélicos para que serra através de seu vice deixasse claro que NÃO vai endossar os direitos gays.

O que os gays estão pedindo demais? Ora, será um absurdo exigir do estado os mesmo direitos conferidos a qualquer outro cidadão. Será uma ofensa a igreja o pedido da comunidade LGBT ao solicitar a um estado democrático uma lei que proteja as vidas de pessoas que normalmente são inferiorizadas, humilhadas e mortas por serem diferentes por sua natureza e não por uma escolha?

E nesse vai e vem, eles se mostram a favor e contra a medida que os olhos presidenciáveis crescem pelos votos. Imagino a cena dos olhinhos brilhando ao terem a proporção de evangélicos que vão votar neles caso eles virarem as costas para os gays, e ao mesmo ponto devem babar ao imaginar aqueles milhares de números visualizados ao assistirem uma passeata gay.

O duvida cruel. Quem da mais? Deve ser a pergunta que paira nas cabeças deles. Estamos realmente diante de uma barganha barata, onde direitos não importam caso não vierem acompanhados de MUITOS votos.

É mais ou menos assim:

_Procura saber ai fulano. Se tiver mais gays que evangélicos eu topo tudo. Pode casar, descasar, voltar a casar ate numa nova modalidade que transmuta numa variação inimaginável sexual. Ao invés de corpo a corpo vou fazer com eles troca troca eleitoral. Porem se for ao contrario, diga para o pastor chefudo que vou por uma espécie de carrocinha, tipo aquelas que recolhem cachorro de ruas, e levar os gays ao invés de canis para uma clinica de reabilitação onde eles vão penar aos gritos de fanáticos que vão dizer que é tudo em nome de Deus.

Serra viu que não agradou e voltou atrás, enquanto Dilma viu a oportunidade de passar a mão nos evangélicos se comprometendo em ate assinar um termo. Sem saber o que o que fazer exatamente, afinou um discurso diferenciando direitos de religião.

Fala serio Dilma. Você acha que queremos casar para disputar quem vai usar a grinalda?

Queremos ter direitos ter uma relação com as mesmas garantias de todos os casais. Queremos numa eventual fatalidade, não termos que ter os parentes entrando na nossa vida como gafanhotos dilapidando um patrimônio construído conjuntamente alegando coisas do tipo “era do meu filho sai daqui ou chamo a policia”. E por ai vai.

Confesso que diante a tanta barganha fica difícil saber quem votar. E ao invés de pensar quem vai nos ajudar mais, temos quem analisar quem vai nos prejudicar menos.

Infelizmente esse é o critério para a comunidade LGBT.

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